Quem não tem medo? Se não houvesse o medo poderíamos atravessar ao meio dos carros numa auto-estrada, não teríamos receio de doenças contagiosas e animais venenosos e selvagens. O medo é um sentimento próprio do homem e sempre estive presente em nossa história. Trata-se de uma resposta saudável, protetora que tem como finalidade a auto-preservação contra estímulos físicos e mentais que possam causar ameaça à vida.
O medo nos coloca em um estado de alerta e, em geral, pode provocar uma série de respostas físicas que incomodam, como descargas de adrenalina, aceleração cardíaca e tremor. O medo pode virar uma doença quando intensificado e irracional, damos o nome de fobia quando este passa a comprometer as relações sociais e causar sofrimento psíquico. As fobias fazem parte do conjunto de doenças de ansiedade mas, com o diferencial de só se manifestar em situações específicas. Existem três tipos de fobia: na Agorafobia há o comportamento de evitação provocado por lugares ou situações onde o fóbico se vê impossibilitado de se locomover caso haja uma crise. Na fobia social, o indivíduo tem receio de ser exposto, de ser observado e teme comentários. No caso da fobia específica, ocorre o medo diante de um objeto específico.
Já a síndrome do pânico, o indivíduo tem sintomas físicos, um mal-estar súbito que envolve taquicardia, sudorese, tremores, vertigem e sensação de desmaiso e muitas vezes associa-se a morte. É uma síndrome de difícil diagnóstico pois em muitos casos os sintomas não duram tempo suficiente até chegar a um atendimento hospitalar e os exames não apontam essa síndrome.
O tratamento adequada das fobias depende do tipo de fobia e quanto ela influência em sua vida. Em todos os casos se faz uma investigação para tentar entender a origem. Em alguns casos, o uso de farmacos também é indicado. O tratamento ocorre passo a passo a partir do conhecimento das reações físicas, psicólogicas, das técnicas de relaxamento e da desmistificação das crenças negativas, a aquisição do conhecimento do objeto ou situação causadora da fobia. O psicólogo faz um planejamento onde gradualmente expõe o paciente ao estímulo causador de seu medo. Essa exposição poderá ser feita através de fotos, sons, objetos, mídias, até que ele esteja preparado para a gradual exposição ao vivo que se repetirá até que a ansiedade baixe visivelmente e a pessoa aprenda recursos para lidar sozinha com a situação temida e então receba a tão esperada alta.
Artigo publicado na Segunda-Quinzena, no Jornal Tribuna dos Bairros (Rio das Ostras) em Março de 2009.
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